E nós como estamos?
De levinho foram chegando informações de que uma nova peste assolava outros países… o que era um murmúrio foi se tornando voz, mas de qualquer forma estava acontecendo “lá fora”, distante de nós… e de repente chegou… mas sem muita força e com a certeza que logo iria embora…e foi crescendo… e agora, há mais de 60 dias estamos dentro do mundo, sendo obrigados a fazer tudo diferente!
Trabalho remoto, que era uma “moda” que ia e vinha, passou a ser única forma de manter grande parte das empresas funcionando.
Vendas online, uma alternativa razoavelmente usada para alguns setores, tornou-se a única forma de vender o que quer que seja.
Atendimento médico tão criticado, uma vez que os médicos não davam atenção, passou a ser feito online, tendo como base a atenção.
Saúde mental em foco como base para “enfrentar este turbilhão”, e várias alternativas sendo usadas para oferecer o alento necessário.
No mesmo sentido, a ênfase aos exercícios físicos, não como base para estética ou aceitação social, mas como fator essencial para saúde, mostrando os benefícios físicos e emocionais que a prática oferece.
O convívio familiar, a importância de respeitar as diferenças para manter um ambiente equilibrado, mostrando que mesmo com amor incondicional, o respeito é a base de qualquer relação.
A importância da liberdade de ir e vir: descobrimos como é desafiante estar “proibido de sair” mesmo tendo um local aconchegante para ficar!
Ah…e as manifestações de carinho? O beijo, o abraço. Nossa como são importantes!
O sorriso então? Tivemos que aprender a ler o sorriso nos olhos, uma vez que a boca está tampada por uma máscara.
Veja: coisas materiais e emocionais se transformando, das mais simples as mais complexas… E quais as consequências de tudo isto?
Com certeza serão muitas! Inevitavelmente estamos tendo e teremos muitas perdas, mas será só isto? Historicamente não são das catástrofes que surgem as inovações?
Eu acredito nisto! Sinceramente acredito, pois com os “perrengues” ou saímos do lugar comum, da zona de conforto ou sucumbimos em sofrimento.
Com tudo isto dedico este texto a você querida pessoa, que não se deixou sucumbir, que mesmo sem entender nada, foi se adaptando e seguindo o barco, reinventando a forma de ser e fazer.
Com muito carinho gostaria de te propor uma reflexão: bora parar um pouquinho e responder para si mesmo algumas perguntinhas? Bora identificar: “o que foi que eu aprendi com tudo isto”?
No âmbito profissional:
. Quais as coisas que tive que mudar no meu dia-a-dia?
. Destas coisas: quais não acrescentam nada e devo abortar, tão logo seja possível? Quais são aquelas que desenvolvi intuitivamente e vale a pena investir tempo, aprendizado e as vezes até dinheiro para me aperfeiçoar?
. Eu gosto do que eu faço?
. Por que eu faço o que eu faço?
. Quais são os problemas que eu resolvo através do meu trabalho? Quem se beneficia com ele?
. As necessidades e comportamentos destes que se beneficiam com o meu trabalho, tiveram que mudar também? Como posso ser mais eficiente agora?
Se você é dono de um negócio, gestor ou membro de uma equipe, após ter estas respostas para si, te convido a compartilhar estes questionamentos com seus parceiros de negócios, pares, colaboradores… com aqueles que são imprescindíveis para que “seu negócio” aconteça… toque com eles ideias e tracem uma nova forma de agir: que seja eficiente, produtiva, agradável e rentável.
Eu te garanto, você terá inúmeras oportunidades a partir daí.
No âmbito pessoal:
Tempo geralmente é o que nos impede de fazer muitas coisas que “queremos” fazer. De repente com as mudanças, passamos a ter a liberdade para administrar nosso tempo, então:
. Como você utilizou as 24 horas de seu dia?
. Você identificou algum sentimento ou comportamento em você que ou não conhecia ou há tempos não via? Se sim, o que fez com isto?
. Que tipo de informações você buscou? E o que fez com as informações que recebeu?
. Em suas relações com família, amigos, amores: o que você aprendeu destas pessoas que estiveram mais próximas de você? Qual a nuance destas pessoas que você conheceu? O que fez com estas percepções?
. As relações que você considerava mais importantes, foram as que te deram suporte neste período?
. O que mais te fez falta? O que você teve que considerou imprescindível neste período? Como vai tratar estas questões daqui para frente para mantê-los sempre presentes em sua vida?
Vejam estas são reflexões muito simples, contudo nada fáceis de serem feitas, contudo, se encararmos este exercício com seriedade, pode ter certeza que serão extremamente ricas para direcionar você para a prosperidade.
Lembre-se: prosperidade não se refere a dinheiro, mas sim remete-nos a um conceito muito mais amplo que consiste em uma vida equilibrada e feliz.
Ao respondermos a estas perguntas, nós falamos de propósitos e de valores e definimos um plano de ação, seja ele nos negócios, no trabalho ou em nossa vida pessoal, que pode nos levar a prosperidade, pois pessoas mais engajadas aos propósitos, estão mais seguras e livres, fazendo florescer o máximo potencial que possuem e então…tudo flui!
E como diria o querido poeta Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”.
Silvia Pedrosa Luiz – SUMMA Desenvolvendo Talentos – Coach Empresarial e de Carreira